quinta-feira, 9 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: Se um homem diz: “Eu quero ser convertido, mas não sei como conseguir isto”, como você o aconselharia?

Deveria ir ao livro de Atos 3.19: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos” eu deveria insistir com ele, em verdadeiro arrependimento, a voltar-se ao Salvador. Deveria ler também para ele em Atos 16.31: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”. Um pecador arrependido, que verdadeiramente crê em Jesus e confia Nele para salvação, é convertido. Ele tornou dos pecados para o Senhor.

Nosso segundo diálogo terminou. Agora é minha vez de perguntar algo e quero que cada um aqui responda com honestidade, como na presença de Deus.

VOCÊ É CONVERTIDO?

Meu ardente desejo é que você busque ter um encontro pessoal com o Salvador. Reconheça sua culpa. Não venha com desculpas. Não deixe nada para trás. Depois ponha toda sua confiança Nele. Ele o salvará e o abençoará. E então você estará apto a dizer: “Graças a Deus eu sou convertido”.

Harold P. Barker

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: Porque vemos tão poucas conversões hoje em dia, comparado com o que lemos dos tempos passados?

Pode ser que haja mais de uma causa. Talvez seja devido, não em pequena proporção, ao fato de que em muitos lugares a conversão não é mais olhada como uma necessidade. Sermões são proferidos sem mencionar isto de modo algum. Pessoas são exortadas a “seguir a Cristo” e a “andar em Seus passos” sem dizer-lhes que para isto seja necessário antes se converter.

Sem dúvida, uma outra causa pode ser a lamentável frieza e indiferença que existe entre nós, Cristãos evangélicos, que cremos na necessidade da conversão.

Quando Davi se afasta do Senhor, ele cessa de ter qualquer influência para o bem de outros. No Salmo 51, o vemos se penitenciando. Escute suas palavras: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão”. Enquanto o coração de Davi estava frio havia uma carência de conversões. A restauração de seu gozo iria ser o meio de bênção para outros além dele. Pecadores se converteriam. Irmãos, nós não teríamos de ficar lamentando sobre as poucas conversões se somente nossos corações fossem mais aquecidos e mais responsivos ao grande amor de Deus.

Harold P. Barker

terça-feira, 7 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: A conversão é sempre acompanhada de uma profunda tristeza pelo pecado?

Eu duvido muito de qualquer conversão em que não tenha havido, ainda que um pouco, julgamento próprio e tristeza pelo pecado. Não é uma coisa agradável ver uma pessoa “receber a palavra com gozo”, como fizeram aqueles que lemos em Lucas 8.13. A próxima coisa que ouvimos deles é que “não tinham raiz” e só creram por um tempo e logo caíram. Tenho visto pessoas professarem conversão e imediatamente cair de joelhos e orar por seus amigos, pelos pregadores do evangelho, pelos soldados em guerra, por aqueles expostos aos perigos do mar, pelos Judeus e não sei por quem mais. Parece que não têm nenhum senso da seriedade de seus próprios pecados, os quais necessitaram de tal sacrifício como o de Cristo para fazer expiação por eles. Não há profundo exercício de suas consciências, nenhuma angústia pela dureza de seus corações. De minha parte eu gosto de ver lágrimas de constrição nas faces de um pecador arrependido e ouvir os gritos de um coração partido como o do filho pródigo quando volta ao seu Pai. Penso eu que Deus os valoriza também.

Deus ama ouvir o choro contrito
Ele ama ver o olho lacrimejante
Ler os sinais de um profundo sentimento espiritual

Mas é verdade dizer que “águas calmas correm profundamente”. Com freqüência aqueles que sentem mais são os mais lentos em expressar seus sentimentos. Mas é esperado que haja alguma indicação de um estado de alma quebrado e constrito e um entendimento da seriedade e terror do pecado.

Harold P. Barker

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: Pode cada convertido dizer com certeza qual a data exata de sua conversão?

Muitos podem. Podem apontar certo dia no calendário e dizer “este é o dia do meu aniversário espiritual”. Mas nem todos podem fazer isto e eu não acho que deveria ficar preocupado por isso. Se você tem certeza que é convertido, que você saiu das sombras para a luz da graça e liberdade, já é o suficiente. Não há necessidade de ficar ansioso por que não pode dizer o exato momento de sua conversão.

Harold P. Barker

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: Quais são as marcas de uma pessoa convertida?

Há quatro marcas que são mais notáveis nos convertidos de Tessalônica. Você encontrará em I Tessalonicenses 1.9,10.

  1. Eles se tornaram para Deus. Esta é a primeira marca de uma pessoa convertida. Ao invés de temer Deus, ele está em paz com Deus; ao invés de se esconder dEle, ele diz: “Tu és meu refúgio”; ao invés de considerar Deus um duro patrão ou severo juiz, ele O conhece como seu amável Pai.

  2. Eles se tornaram dos ídolos. Outros dentre nós, além dos ateus que adoram madeira e pedra, têm ídolos. Qualquer coisa que é permitida e usurpa o lugar de Deus na alma é um ídolo; qualquer coisa de si próprio que se coloque como esperança de bênção futura é um ídolo. Está você esperando um favor de Deus por causa de seu viver moral, suas orações ou seus votos? Então estas coisas são seus ídolos. Eles permanecem entre você e as bênçãos de Deus. Uma marca de uma pessoa convertida é que atirou ao vento tudo o que foi previamente base para suas esperanças – seus próprios esforços e resoluções, tudo aquilo que ficava entre ele e Deus.

  3. Eles estavam servindo agora ao Deus vivo e verdadeiro. Um homem não convertido serve a si mesmo e a Satanás; um homem convertido busca servir a Deus em todos os detalhes de sua vida. Tudo sobre seu controle se torna convertido assim como ele é convertido. Se ele é um vendedor de tecidos ele é cuidadoso em vender um metro de cem centímetros, se é um leiteiro, se certifica que seu leite é leite e não leite e água. Tudo sobre ele dá testemunho de que ele agora é servo de Deus.

  4. Eles estavam esperando pelo Filho de Deus dos céus. Popularidade, fama, sucesso, riqueza, não são objetos de ambição de um homem realmente convertido. Ele conhece Jesus como seu Libertador do juízo vindouro e suas esperanças estão postas no mundo no qual o Filho de Deus é o Centro de tudo. Ele busca por Ele e seu mais querido desejo é ser gratificado quando se encontrar em Sua presença para sempre. Oh, que estas quatro marcas possam ser mais visíveis em cada um de nós!
Harold P. Barker

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: A conversão é tudo o que é preciso para alguém se tornar um cristão?

Se fosse, não haveria necessidade de Jesus vir dos céus até aqui e morrer na cruz. Aquele poderoso trabalho era necessário antes que qualquer um viesse a se tornar cristão. Mas talvez algum amigo esteja se baseando em uma noção muito comum em alguns lugares de que ninguém pode se tornar um cristão até que, ao final de sua jornada de vida, se prepare para passar da terra para o céu. Faça a pergunta a alguém que creia deste modo se ele é um cristão e a resposta será “estou tentando ser um”.

Mas, mesmo a maior tentativa nunca transformou alguém em um cristão. Um homem não se torna um soldado por tentar se comportar como um, mas se alistando. No momento em que se alista é um soldado tanto quanto o é o comandante chefe. Ambos são soldados do exército, embora aquele possa nunca ter posto os pés num campo de batalha, enquanto o veterano lutou centenas de batalhas.

Harold P. Barker

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

2. CONVERSÃO: Se alguma pessoa convertida cai em pecado, necessita se converter outra vez?

Esta é uma questão levantada, de uma ou outra forma, por milhares de pessoas. Eu me aventuro dizer, entretanto, que a questão não deveria existir se entendêssemos que quando um pecador se converte ele também é justificado de todas as coisas, se torna um filho de Deus e pelo dom do Espírito é feito membro do corpo de Cristo. Se tudo isto precisa ser repetido toda vez que um crente cai em pecado, então tem de ser repetido vinte vezes ao dia em muitos casos! Mas uma passagem da Escritura acabará com tal noção. Lemos, “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente” (Eclesiastes 3.14). Quando uma alma é salva, é Deus que a salva e é “eternamente”. Quando um pecador é justificado pela fé em Cristo, “é Deus quem o justifica” e “durará eternamente”.

Nenhum pai terreno pode desfazer a relação que existe entre ele mesmo e seu filho. Assim é com a relação celestial e eterna formada entre Deus e a alma crente. Se um de Seus filhos cai em pecado, Ele pode castigá-lo e sujeitá-lo a várias formas de disciplina; mas desonrá-lo? Nunca! O tal tem que ser restaurado à comunhão e ao caminho certo, mas ele não pode se converter novamente em filho.

Ao dizer isto não posso me esquecer de Lucas 22.32. Pedro era um homem verdadeiramente convertido desde a memorável cena quando se considerou um homem pecador, ainda agarrado aos pés do Salvador, se não ainda antes. O Senhor, no entanto, diz que tinha orado por ele e antes mesmo de sua queda cuida de sua restauração. “Quanto te converteres,” Ele diz “confirma teus irmãos.” Seria mais bem traduzido “Quando te restaurares”, pois isto se refere não à conversão de um pecador infiel, mas a restauração de um santo que caiu.

Deixe-me dar uma ilustração que emprestei de um amigo. Um homem alista-se como soldado. Depois de um tempo se cansa da vida de soldado e, aproveitando uma oportunidade, ele foge. Agora ele é um desertor e vive em constante medo de ser detido. Depois de um tempo ele resolve voltar ao exército. Seu regimento foi enviado ao front e gostaria de se reunir a ele. Como ele vai conseguir chegar ao seu posto novamente? Ele não pode se realistar como se nunca tivesse vestido o uniforme do exército; não como um recruta, mas como um desertor, deve retornar. Seu curso correto é se apresentar ao seu superior e submeter-se a qualquer penalidade que possa vir a receber.

Assim é com o filho errante de Deus. Ele é um desertor e não pode se alistar como um recruta. Como um errante ele deve retornar, não para buscar absolvição do juiz, mas perdão de um Pai. Lembremos sempre que a graça restauradora de Deus é tão grande quanto Sua graça salvadora. Se um pecador culpado é bem-vindo, assim um filho errante será; mas é como um filho que ele deve voltar, precisando não de conversão, mas restauração, e certamente obterá por intermédio da advocacia de Cristo.

Harold P. Barker